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1968: THE FIRE OF IDEAS [o fogo das ideas]

Marcelo Brodsky

MUSEU COLECAO BERARDO, Portugal

07.10.2015 - 03.11.2015

Artist: Marcelo Brodsky, Marcel Broodthaers, Ricardo Martins, public and private portuguese collections. 

EN

Marcelo Brodsky is one of the most important names in the Argentinian contemporary scene. A visual artist and a human rights activist, Brodsky predominately works with images and archival documents of specific events to investigate social, political and historical realities deserving of public awareness.

 

1968: The Fire of Ideas, curated by Inês Valle and presented at Museu Coleção Berardo, is the artist's first exhibition in Portugal. Brodskytakes us on a journey throughpowerful images of students and workers' demonstrations from the late '60s. For instance, it approaches the Poor People’s March, in Washington, idealized by Martin Luther King just before his assassination; protests against the Vietnam War held in Berlin, London, Amsterdam, Chicago, and Tokyo; and student campaigns against military regimes and dictatorships, in Brazil, Mexico, Argentina, France, Senegal, Mozambique, and Portugal. Brodsky unveils crucial moments in the world history and how their consequences have shaped our notion of society. 

 

With Brodsky’s art projects, merging visual language, memory, and human rights, new debates arise. These are apparent in the artworks of Marcel Broodthaers (MACBA Collection), Jacques Charlier, and Ricardo Martins, as well as in archival fragments from Salazar's regime. Thus, we are allowed a deeper understanding of these moments—that have shouted for a fairer world. 

 

In 1989, Fela Kuti stated, "We need to use everything we have to fight ignorance, oppression, and exploitation." However, with all the pushbacks and recessions we keep witnessing, shouldn't we be reviewing our revolution tactics? In the 50thanniversary of the global students and workers' struggle, and in the 70th anniversary of the Universal Declaration of Human Rights, this exhibition encourages us to reflect upon our struggles and our beliefs — and to say no to having our innate voices silenced.

PT

Marcelo Brodsky é um dos nomes mais importantes na arte contemporânea argentina. Artista plástico e ativista dos direitos humanos, Brodsky trabalha predominantemente com imagens e documentos de arquivo de eventos específicos para a investigação de realidades sociais, políticas e históricas dignas de atenção pública. 

 

1968: O Fogo das Ideias, com curadoria de Inês Valle e com apresentação no Museu Coleção Berardo, é a primeira exposição do artista em Portugal. Brodsky faz-nos viajar pelas poderosas imagens das manifestações dos estudantes e trabalhadores no final dos anos '60. A exposição aborda, por exemplo, a Poor People’s March, em Washington, idealizada por Martin Luther King mesmo antes do seu assassínio; os protestos contra a Guerra do Vietname em Berlim, Londres, Amesterdão, Chicago e Tóquio; e as campanhas estudantis contra os governos militares ou as ditaduras no Brasil, no México, na Argentina, em França, no Senegal, em Moçambique ou em Portugal. Brodsky desvenda momentos cruciais da história mundial e a forma como as suas consequências moldaram a nossa noção da sociedade. 

 

Com os projetos artísticos de Brodsky, que misturam linguagem visual com a memória e os direitos humanos, emergem também novas discussões. Estas são evidentes em diálogos com as obras de Marcel Broodthaers (Coleção do MACBA) ou de Ricardo Martins, bem como no material de arquivo sobre a ditadura salazarista. Como tal, surge um discernimento mais profundo sobre estes momentos — que gritaram por um mundo mais justo.

 

Em 1989, Fela Kuti afirmou: «Precisamos de usar tudo o que temos para lutar contra a ignorância, a opressão, e a exploração.» No entanto, com todos os retrocessos e recessões que continuamos a testemunhar, não deveríamos rever as nossas estratégias de revolução? No 50.º aniversário da luta global dos estudantes e trabalhadores, e no 70.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, esta exposição encoraja-nos à reflexão sobre as nossas lutas e convicções — e a dizer «não» ao silenciamento das nossas vozes inatas. 

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